domingo, 29 de marzo de 2009

A LEITURA EM MINHA VIDA

1. Qual é sua primeira lembrança relacionada com a leitura?
R: Me lembro que desde pequena sempre gostei de ler todo o que chegava a minhas mãos. Me lembro muito especialmente uma colecção de livros com contos de todos os países, que se chamava Meu Livro Encantado. Ainda os tenho, e em ocasiões os abro para recordar minha infância. Tinha um tomo em especial que gostava muito, que era o de De Mito E Lenda, que tem contos como Pinocho, Aladino, Alí Baba e os Quarenta Ladrões e muitos mais, onde seres extraordinários me faziam imaginar mundos diversos e longínquos.

2. Como você se sentiu a primeira vez que você leu na escola?
R: Exactamente da primeira vez não me lembro, mas o que sim me lembro é que sempre gostava quando da maestra me pedia ler em voz alta. Sempre que deixavam alguma tarefa de ler era o primeiro que fazia e desfrutava muito o fazer.

3. Comente sobre sua experiência mais recente de leitura.
R: Recentemente, tenho estado lendo vários livros ao mesmo tempo: um deles se chama "O Sentido e o método. Sociologia da cultura e análise de conteúdo", onde se analisam textos a partir da busca de categorias gerais para encontrar informação para além do que dizem os textos. Também tenho estado lendo a respeito de sociologia da acção colectiva, em onde encontrei material interessante para meu projecto de investigação da maestría. E, finalmente, outro livro que se chama "A utopia da comunicação", que é uma crítica profunda aos processos comunicativos que se dão na aldeia global.

4. Quais foram as pessoas associadas com as suas primeiras experiências de leitura?
R: Definitivamente, minha avó foi quem ensinou-me o gosto pela leitura desde pequena. Quando ia a sua casa via os livros e começava aos revisar, inclusive li a romance "Tubarão" a escondidas, esse foi meu primeiro livro a os nove anos. Também recordo uma maestra de Literatura na secundária que deixava muito bons livros, como "Sandokan e os Tigres da Malásia", de Emilio Salgari.

5. Por que são importantes essas pessoas nas suas primeiras experiências de leitura?
R: A minha avó sempre gostou muito novelas de suspenso e acho que dela aprendi em meus primeiros anos a desfrutar da leitura. Foi um bom exemplo porque nunca me foi difícil terminar um livro, quando começo o termino. Até agora, compartilhamos os livros e platicamos a respeito deles, se gostámos ou não. E daquela maestra, que não recordo o nome, me lembro porque dizia que a leitura te transporta a outros mundos e épocas, com a possibilidade infinita que nos dá a imaginação de evocar na mente cenas para além do real. Gostava de sua classe, tanto que passaram quase 20 anos e ainda o recordo.

6. Qual é o papel que você confere à leitura em sua vida cotidiana?
R: É o que mais desfruto fazer em meus tempos livres, já que é uma forma de me afastar do quotidiano e me submergir em dimensões diferentes, que me permitem sensações e emoções diferentes. Sou muito sonhadora e encanta-me fantasear, como também adoro conhecer sobre a história - meus romances favoritas são as históricas. São um vício.

7. Quem é essa pessoa que lhe ajudou a conferir a função, referida na pergunta anterior, à leitura?
R: Eu acho que foi mas bem pelo gosto pessoal e o goze do fazer. Sim influiu que em minha casa sempre minha mãe e minha avó tinham um livro a um lado de sua cama, mas estou convecida que foi meu gosto por saber mais o que me levou a ler. Hoje sou quem mais livros lê em minha família.

8. Esse papel é o mesmo ou tem mudado com o tempo?
R: Acho que sim mudou, pois agora sou eu quem anima a meus familiares a ler mais, pois compro livros para compartilos com eles, mas em especial, como disse dantes, com minha avó.

9. Quando você leu por primeira vez em língua estrangeira foi fácil?
R: Penso que deveu o ser, pois minha primeira aproximação com uma língua diferente ao espanhol foi o italiano, por meu pai. Me lembro que aprendi ouvindo música e lendo comics em italiano (fumetti) e ainda conservo alguns. Quiçá foi natural em mim porque se falava em casa - meu pai não falava espanhol.

10. Descreva como você se sentiu nesse momento.
R: Também não recordo-o com clareza porque foi faz muitos anos, mas sim sei que a cada vez que leio algo que se encontra em outro idioma que não é o espanhol, é como abrir uma porta enorme para receber informação de pessoas que têm a mesma inquietude que eu, mas com uma diferente forma de se comunicar. Conhecer idiomas abre possibilidades maiores a um melhor entendimento do mundo, ademais que dá alternativas de conhecimento maiores, sendo o intercâmbio cultural de uma grande importância para mim.

viernes, 20 de marzo de 2009

JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS



1.Onde nasceu Machado de Assis?
R: Nasceu no Antigo Morro do Livramento, Río de Janeiro o 21 de junho de 1839.

2. Como foi sua infancia?
R: Foi órfão a temporã idade, pelo que passou dificuldades económicas. Sua família tinha sido dependente da Família Barroso.

3. Qual foi seu primeiro trabalho?
R: Tipógrafo

4. Quem é a pessoa que conheceu nesse primeiro trabalho e por que foi importante na sua vida?
R: A Francisco de Paula Britto, e por intermedio dele é que conhece a vários escritores e consegue publicar seu primeiro poema em 1855.

5. No tempo que ele trabalhou no Ministério da Agricultura quais eram suas responsabilidades? Como influenciou na sua forma de escrever?
R: Eram 2:
a) Tinha que cuidar de acompanhar a aplicação da lei do 28 de setembro de 1871, a chamada lei de ventre livre.
b) A questão das terras.
Machado de Assis entablaba batalhas quotidianas que perdia constantemente; e isso lhe deu uma visão especial da classe agrária, mesma que plasmó em sua obra.

6. No vídeo mencionam-se duas fases bem demarcadas como escritor. Dê as caraterísticas importantes de ambas as fases.
R: a) A primeira fase distingue-se porque suas romances são consideradas convencionais, por conter as características mais gerais da novela do século XIX, como o abordaje do contexto social: a questão da injustiça e ascensão social. Esta fase tem uma visão edificante de quem quer colaborar para ilustrar a sociedade, para aumentar sua brilho e voltá-la mais civilizada.Por seus problemas de epilepsia retira-se, o qual parece lhe dar uma maturidade espiritual da qual se derivam suas obras “Papéis Avulsos” e “Memórias Posthumas de Braz Cubas”, esta última a obra mais importante da literatura brasileira.
b) A segunda fase distingue-se por sua visão pessimista do ambiente bárbaro e que a sociedade não tem remédio.

7. Quais são os dois romances muito importantes na sua obra que são mencionados? Qual é o enredo destes romances?
"Memórias Posthumas de Braz Cubas”: o narrador é um proprietário ao modo dos brasileiros do século XIX (esclavista) e centre de vastas parentelas. É um difunto- autor que escreve após morrer. Bráz Cubas nasce numa família acomodada, sua educação determinada pela influência do esclavismo. Quando cresce, gasta sua fortuna com uma garota da vida fácil e quando vai estudar à universidade não o faz do tudo. Regressa a Brasil e tem um amorío adúltero. Sua relação amorosa se desgasta; trata de ser político, jornalista e filósofo, acaba fazendo beneficiencia e morre. É uma vida na que nenhum projecto se realiza, o final não é perseguido com energia, é uma história arbitrária e caprichosa pelas características da vida esclavista, clientelista e que dispensa por completo de trabalhar. O narrador fala de diversas questões, desde a génesis até o fim do mundo, de temas novos e remotos.

“Dom Casmurro” – uma romance em onde Macahdo de Assis volta a utilizar as elites brasileiras na prosa culta de Dom Casmurro, um senhor solitário que está apaixonado de uma garota morena que se chama Capitu. Dom Casmurro conta sua história de amor adolescente e que se casa com uma mulher que o engana, tendo um filho do melhor amigo dele. Ele saca à mulher de sua casa e a exilia em Suiça, nunca mais volta a ver ao menino. É uma obra que termina em drama, pois o protagonista vive no dilema de se sua mulher Capitu o traiu ou não com seu melhor amigo. É um narrador parcial que nos leva aos leitores para a traição da mulher. O narrador é um viúvo, é uma espécie de figura ideal das elites. É a temática da fidelidade e da traição, apresentando a um homem elegante que pôde ser arbitrário com sua mulher e por isso a fez infeliz.

"Não se ama duas vezes a mesma mulher."
- "Memórias Póstumas de Brás Cubas" (1881), capítulo XLIV

"Há coisas que só se aprendem tarde; é mister nascer com elas para fazê-las cedo. E melhor é naturalmente cedo que artificialmente tarde."
- "Dom Casmurro" (1899), Capítulo XV

jueves, 12 de marzo de 2009

OS TATUAGENS: UMA ARTE DE MODA




Nos últimos anos, os tatuagens conseguiram colocar-se em olha-a de muita gente, sobretudo, os jovens. É uma arte que retomou força como parte do "boom" que tiveram programas de televisão (reality shows) onde os protagonistas são os tatuagens - como "Miami Ink" no canal de televisão de paga People & Arts e também porque personalidades do espectáculo puseram de moda ao tatuagen, como Angelina Jolie, por exemplo. Na foto observa-se a uma das figuras famosas do tatuaje na televisão actual, Kat Von D, do mencionado programa.

Gosto os tatuagens desde menina. Sempre me chamou a atenção como podia se desenhar algo sobre a pele de uma pessoa. Ainda que faz nuns anos era uma espécie de estigma e de má reputação, acho que agora está a mudar a percepção desta manifestação artística. Me lembro que de adolescente, queria me fazer um tatuagen de um anjo caído nas costas baixas. Mas dá-me medo a dor da agulha e o som da máquina põe-me nervosa. É por isso que nunca o fiz.


Agora que passaram nos anos e me sento mais madura para tomar uma decisão de por vida, como é um tatuagen, pensei em me fazer um pequeno de um dragão chinês. Ainda não decido qual destes desenhos será, se o dragão ou o kanji (que é a forma em que se escreve dragão em japonês) mas gosto porque é de meu signo no zodiaco chinês, que simboliza a nobreza, a magia, o poder de transformação e da imaginação, a perseverancia, lealdade e o poder e a habilidade de trascender o ordinário. Fá-mo-ia nas costas baixas, ainda que não o visse com frequência. Também pensei que o kanji pode ser ao interior da boneca, mas ainda não o decido porque sigo siedo covarde à dor.
Meu namorado tem 4 tatuagens: na perna direita, nas costas baixas, no antebrazo esquerdo e nas costas do lado esquerdo. Ele quer tatuagens nos braços completos em algum dia, ainda que leva tempo e dinheiro. Não me desagrada a ideia, se ele assim o quer. É uma decisão pessoal e que manifesta parte de sua personalidade. Desde que estamos juntos compreendi mais o valor do tatuagen e pode que tenha valor e faça meu desejo de ter um tatuagen em dias próximos, mas nunca como o homem do video: jamais na bunda.

sábado, 7 de marzo de 2009

RECEITA DE BOLO DE BATATA



INGREDIENTES:
- 1 1/2 kg de batata inglesa
- 600 g de açúcar
- 1 xícara de farina de trigo
- 500 ml de leite de coco
- 2 colheres (chá) de fermento em pó
- 2 colheres (sopa) de margarina
- 6 ovos
- 1 colher (chá) de sal
- queijo parmesano em pó

PREPARO:
Precisa-se uma batedeira.
1. Misturar a margarina e o açúcar na batedeira.
2. Já que estão bem misturado se acrescentam os ovos (com clara e yema).
3. Já que está a mistura com uma textura macia, acrescenta-se a batata na batedeira.
4. Acrescentam-se o queijo parmesano, o fermento e o farinha de trigo. Misturar muito bem.
5. Quando se estão a bater, se acrescenta pouco a pouco o leite de coco para que se incorpore com a mistura.
6. Ao final, acrescenta-se a sal.
7. Coloque a massa em forma untada com margarina e polvinhada com farina de trigo.
8. Aquecer o forno dantes por 10 minutos.
9. Asse en forno por uma hora e meia.

jueves, 5 de marzo de 2009

João Guimarães Rosa: um literato único (1908-1967)



"Deus nos dá pessoas e coisas,
para aprendermos a alegria...
Depois, retoma coisas e pessoas
para ver se já somos capazes da alegria
sozinhos...
Essa... a alegria que ele quer."

Dantes de covertirse em grande e reconhecido escritor, foi médico e diplomata. Desde menino teve grande habilidade para aprender idiomas e tinha uma grande paixão pelos animais. O mundo intelectual no que se criou lhe permitiu criar e plasmar a vida do sertão. Sua obra reflete o mundo do sertón, povoado por vacas, cavalos e vaqueiros, unidos pela magia de sua linguagem.

Nasce em Cordisburgo, Minas Gerais, o 27 de junho de 1908. Foi o primeiro de 6 filhos, sendo seu pai Florduardo Pinto Rosa e sua mãe Dona Francisca Guimarães Rosa, cujo apelido era a Chiquitinha. O recorda que sua infância foi boa, rodeado sempre de adultos intelectuais. Recordava a seu pai como um homem vigoroso, ao que lhe gritava quando o via chegar a casa pelo caminho.
Imaginava a vida do jagunço (nome que se dá, no Nordeste do Brasil, ao indivíduo que, usando de armas, prestava-se ao trabalho paramilitar de proteção e segurança aos líderes políticos) em suas histórias, poemas e romances, incorporando a seus conhecidos como personagens.



Aos 6 anos, Joãozito, como era chamado, já lia em francês e depois aprendeu holandês. Em 1918 seu avô leva-lho a Belo Horizonte para que continuasse seus estudos. No Colégio Arnaldo cursó seus primeiros estudos junto com outras celebridades. A instituição era de origem alemão, pelo que aprendeu o idioma. Era um ávido leitor e visitava as bibliotecas da cidade. Sua habilidade para os idiomas facilitou-lhe seus estudos em Medicina. Seu irmão José Luiz recorda que traduzia os livros que seus colegas traziam de Alemanha, Inglaterra e estudava com eles.
Titula-se em 1930 e casa-se com Ligia Cabral Penna, de 16 anos. Com ela procrea suas duas únicas filhas: Vilma e Agnes. Começa a exercer a medicina sem sucesso, pelo que decide se mudar a Itaguara, que se encontra ao interior de Minas Gerais.


Foi ele quem levou a cabo a interiorização da medicina, numa época em onde não se conhecia na região. Sua filha Vilma conta que seu pai tomou um mapa e elegeu um lugar em Minas onde não tivesse médico, sendo um pioneiro. Foi muito respeitado como o famoso Dr. Rosa. Ao mesmo tempo, observa-se a grande sensibilidade que caracterizá-lo-ia toda sua vida.

Sua experiência no interior permitiu-lhe conhecer o essencial do ser humano que habitava ali: aproximou-se a seus vivencias e emoções, que posteriormente servir-lhe-iam como inspiração para construir suas personagens literárias.
Mas sua vida como médico lhe gerava impotencia pois via que era incapaz de acabar com o sofrimento humano. Decide abandonar de maneira definitiva a medicina e entra em concurso an Itamaraty, Rio de Janeiro, em onde começa uma carreira brilhante na diplomacia, realizando muitos viagens ao exterior.

Em 1938 é nomeado Cónsul Adjunto em Hamburgo e viaja pela primeira vez a Europa. Aí conhece a sua egunda esposa, Aracy Carvalho. Sua presença como diplomático foi muito interessante, já que junto com sua esposa, durante a Segunda Guerra Mundial, ajudaram a sair do país a muitos judeus, que conseguiram chegar sãos e salvos a Israel. Em reconhecimento a essa atitude, o diplomata e sua mulher foram homenageados em Israel, em abril de 1985, com a mais alta distinção que os judeus prestam a estrangeiros: o nome do casal foi dado a um bosque que fica ao longo das encostas que dão acesso a Jerusalém.

Em 1946 publica seu primeiro livro, "Sagarana". Tem grandes contos e histórias interessantes. Através do sertão, entra no coração selvagem da língua. Incorpora a linguagem culto no falar popular. Outro recurso técnico é que desenvolve a sensação de que a língua é algo que está em permanente construção. Tem um aspecto regional, local, sertanjero; é uma transfiguração da erudito, que somado a seu conhecimento de idiomas, consegue criar uma química da linguagem.
De 1948-1950 esteve em Paris como Primeiro Secretário Conselheiro da Embaixada. Chegou um momento em que decidiu deixar a diplomacia e se dedicar a escrever.

Guimarães Rosa viaja por sua terra brasileira pesquisando todo seu meio: flora, fauna, usos e costumes, linguagens, crenças, superstições e canções. Daí toma os elementos para a criação; ele como ninguém penetrou nas particularidades. Dizia-lhe a sua filha Vilma que sua inspiração podia ser comparada com um estado de trance.
Dez anos depois,sua segunda obra viu a luz (1956): "Corpo de Baile", que foi dividida em três: "Manuelzão e Miguilim", "Não Urubùquaquá não pinhém" e "Noites do Sertão".


No mesmo ano publica-se "Grande Sertão: Veredas", dedicado a sua esposa Aracy. É um livro dinâmico, com vários ritmos e que mostra um extranhamento pela linguagem que emprega. O título da obra chamou muito a atenção da crítica pelo código linguístico usado pelo autor, já que é um título explicativo, qualificativo. É uma montagem em contraste onde dois universos da linguagem se observam: por um lado, o grande discurso elocuente e pelo outro o fala humilde das pessoas que morrem no sertão. No título está condensado o retrato de Brasil.
Podem-se fazer múltiplas leituras da obra. Trata-se de um longo e denso monólogo do jagunço, em onde se encontram diversos elementos. Os temas principais são: o próprio sertão, o pacto com o diabo, o jaguncagem, a história de amor e o povo.
Seu protagonista, Riobaldo, e sua história de amor prohibído por Diadorim representa o impossível. É ele mesmo quem conta sua história a alguém. Esse interlocutor pode ser o leitor do livro, ou uma pessoa que trata de ajudar a Riobaldo a encontrar um caminho para seus problemas.
Esse foi o repto para a sociedade culta brasileira: toparse com uma realidade que tolerava, mas que neste livro parecesse tão vívida e que como interlocutor, fazia parte dela.

Na última página da romance põe o símbolo de infinito, que significa que a história de Riobaldo se fecha, mas a história do leitor, do mundo continua.
Ele se considerava um reaccionario da palavra, pois procurava o primitivismo das palavras, o momento inicial no que a linguagem e as coisas tinham uma relação mais proxima. Era um homem de biblioteca, o qual foi perjudicial para sua saúde pois passava horas sentado, não fazia exercício e fumava muito. Ele queria escrever como se fosse sua missão a cumprir. Precisava escrever a cada vez mais. Em 1962 publica "Primeiras Estórias".
Em maio de 1963 candidata-se por segunda vez à Academia de Letras Brasileira, na vaga deixada por João Neves da Fontoura. Foi eleito por unanimidade, mas não é marcada a data da posse.
Em 1967 publica sua última obra, "Tutaméia. Terceiras Estórias", que era uma série de contos e é considerado como testamento literário do autor.
A quatro anos de sua candidatura, o 16 de novembro de 1967, converte-se em membro da Academia. Em seu discurso de posse pronunciou sua famosa frase: "O mundo é mágico.
As pessoas não morrem, elas ficam encantadas"
.
Três dias depois, a noite do 19 de novembro de 1967, morre em Copacabana, de 59 anos e 20 como escritor.



" Penso que chega um momento na vida da gente em que o
único dever é lutar ferozmente por introduzir no topo
de cada dia, o máximo da eternidade..."
João Guimarães Rosa


http://www.releituras.com/guimarosa_bio.asp

sábado, 28 de febrero de 2009

ROMANCE VINTE E ZINCO - MIA COUTO



Após ler o romance “Vinte e zinco” do escritor moçambicano Mia Couto, responda às seguintes perguntas:

1. Mencione os nomes das personagens do romance.
R: Lourenço de Castro, Dona Margarida, Irene, Jessumina, Andaré Tchuvisco, Joaquim de Castro, Padre Ramos, Médico Peixoto, administrador Marques, Agente Diamantino, Chico Soco-Soco, Marcelino, Dona Graça, Custódio Juma.

2. Qual é o ritual que a D. Margarida faz empre que o Lourenço chega?
R: Ela está na entrada da casa á esperar seu filho e cobre as costas dele con um casaquinho, feito por suas maõs. Também põe-lhe um pano limpo para dormir.

3. Quais as partes do cavalinho de Madeira que o Lourenço toca? Coloque o nome dessas partes no seguinte desenho:


4. Como cham a Irene à Margarida, isto é qual é o apelido dela?
R: Guida.

5. Quando a Irene foi para África e por que?
R: Irene foi para África depois que seu cunhado Joaquim morrera e para acompanhar a sua irmã na dor de ser viúva, além de que Margarida lhe reclama esse dever familiar.

6. Quem era Joaquim de Castro?R: Oficial da PIDE, marido de Dona Margarida e pai de Lourenço.

7. Preencha a seguinte árvore genealógica do Lourenço:
R: Tia: Irene
Mãe: Dona Margarida
Pai: Joaquim de Castro

8. Por que diziam que a Irene envergonhava a família?
R: Porque misturava-se com a gente local, que sua família desprezava por sua cor de pele; convivia com eles como iguais quando ela era de uma melhor classe, era branca. Ademais comportava-se como se tivesse perdido a razão e cria na feitiçaria.

9. Como morreu o pai do Lourenço?
R: Desde um helicóptero caiu ao mar porque uns presos, a quem ia matar lançando-os ao oceano, o enredaron com suas pernas e o arrastraro com eles ao vazio.

10. Por que Lourenço não suporta ventoinha?
R: Porque recordava-lhe o som das hélices do helicóptero de onde caiu seu pai, pois ele foi testemunha de sua morte.

11. O que trazia Irene no frasquinho e para que o queria?
R: O frasquinho tinha água na que, segundo Jessumina, os buitres se lavavam os olhos e ajudava a ter visão. Com esse água queria lavar os olhos de seu amigo cego Tchuvisco.

12. Pesquise na internet em que região de Moçambique ficam os lugares mencionados: Pebane, Moebase e os Lagos Nkuline e marque no mapa a sua localização. Adicionalmente indique o nome de cada região e a capital:
R: Pebane e Moebase encontram-se en Zambezia.


Nome da região - Capital da região
1 Niassa - Lichinga
2 Cabo Delgado - Pemba
3 Nampula - Nampula
4 Tete - Tete
5 Zambezia - Quelimane
6 Manica - Chimoio
7 Sofala - Beira
8 Gaza - Xai-Xai
9 Inhambane - Inhambane
10 Maputo - Maputo



Info: http://www.lib.utexas.edu/maps/mozambique.html

13. Qual era a relação de Irene com Marcelino?
R: Eran namorados e foi Marcelino (que era mulato) quem meteu Irene nas politicas da Revoluçao.

14. Com quem vivia Marcelino e onde?
R: Marcelino vivia com sua mãe em casa de seu tio Custódio.

15. Qual era a profissão do Marcelino?
R: Era mecánico.

16. Como você traduziria a expressão “são ossos do orificio” em espanhol?
R: Son gajes del oficio.

17. Por que D. Margarida visitou Jessumina? O que a Jessumina recomendou a D. Margarida fazer? Que pedido lhe fez Jessumina a Margarida?
R: Margarida visitou Jessumina para que lhe dissesse que passava em sua casa, pois tinha muito medo. Queria paz pois não aguentava mais essa situação. Jessumina recomendou a Dona Margarida fazer 3 coisas:
a) Era preciso despedirem-se do Joaquim Castro para trancar aquela ausencia.
b) Devia sair, viajar para a sua terra.
c) Nunca mais poner os panos do Lourenço a secar no jardim, pois alguém usaba aquilo contra seu filho.
Jessumina pidou Dona Margarida contasse-le como era a sua terra portuguêsa.

18. Por que você acha que D. Margarida se sentiu melhor depois de falar com a Jessumina?
R: Eu acho que encontrou alívio de poder falar, já que sempre estava sozinha porque seu filho trabalhava e sua irmã tinha perdido a razão. Acho que sentia-se feliz, como liberada pois ao falar com Jessumina parecia que tivesse encontrado uma revelação de vida, como se abrisse os olhos ante sua realidade. Também porque tinha soluções a seus problemas.

19. Por que o doutor Peixoto foi à casa do Lourenço? Que notícia deu o médico a Lourenço? Qual foi a reação de D. Margarida?
R: O Doutor Peixoto foi à casa dos Castros porque a tía Irene estava grávida.
O médico disse-lhe a Lourenço que teve um golpe de Estado em Lisboa e que tinha caído o regime. A reação de Dona Margarida foi de felicidade porque sem nada que obrigasse a seu filho a ficar aí, poderiam regressar a seu país. Ademais que com a queda do regime se acabava também o ciclo de penúrias que tinham passado em África.

20. Por que o Lourenço quer matar o Tchuvisco?
R: Porque pensa que foi ele quem deixou grávida a sua tia Irene

21. Quantas e quais são as histórias relacionadas com a cegueira do Tchuvisco? Qual é a verdadeira?
R: São 4:
a) Uma serpente mordeu-o recém nascido e seu veneno deixou-o cego imediatamente
b) Quando a morte visita o Tchuvisco no ventre materno para lhe dizer que ia morrer; o canto de sua mãe impediu que morresse por completo, mas a morte o deixa cego.
c) Enfermó da vista quando era pintor da prisão.
d) Joaquim de Castro o cegó com seiva da árvore do mukuni porque Tchuvisco descobriu-o abusando sexualmente dos presos pretos.
Não fica claro qual das últimas duas possa ser verdadeira, já que Tchuvisco aceita ter mentido ao dizer que estava completamente cego e que foi Joaquim o responsável de sua cegueira. O único que sim é um facto é que só via sombras.

22. Dê a sua opinião sobre este romance.
R: É uma romance pequena mas que tem todos os ingredietes para manter ao leitor interessado. Gostei muito por seu originalidade e porque retrata de um momento histórico na vida de Moçambique que convida a conhecer mais de seu passado, de seus costumes e cultura. O autor consegue captar a esencia da cada personagem em poucas palavras, consegui que fizesse uma fotografia da cada um deles. Minha personagem favorita é Irene, porque é o ponto médio entre os pólos: Lourenço e os habitantes locais. Ainda que seja ficção, plasma a ideia de como foi a vida dos portugueses nesta colónia bem como a vida dos naturais africanos que vêem enfrentadas suas crenças com a imposición do poderoso conquistador.
Gosto do estilo de Couto e acho que não será o único livro que leia deste autor.

viernes, 20 de febrero de 2009

¿Macho de Respeito o Metrossexual?






Sempre é agradável para min ver a um homem asseado, bem vestido (não me refiro à roupa de marca), que cheire bem. Dão vontades de estar perto, de procurar contato - isto é - atrai.
Lembrança que dantes de que existisse o termo metrosexual, um homem não demonstrava com tanta facilidade seu amor por si mesmo, sua vaidade. Isso significava não ser tão macho e, portanto, podia perder o respeito. Claro, sempre gostei de um homem que cheirasse bem, com as unhas das mãos cortadas, penteado. Mas no dia que saí com um garoto que trazia manicura mais perfeito do que o meu me desconcertei. Que estava a acontecer? Imediatamente, escondi as mãos pois senti vergonha que ele estivesse mais arranjado que eu. Comecei a observá-lo com mais detenimiento e dei-me conta de que era mais vaidoso do que eu, que sou mulher. Este choque fez-me perguntar-me se não era o suficientemente vaidosa e se estava descuidando minha imagem.
Depois compreendi, como diz o artigo, que a vaidade como atributo estava exclusivamente reservada a nós as mulheres, e que se um homem se mostrava preocupado por sua imagem era um homossexual sem dúvida. Grave erro.

Agora com a grande publicidade dos meios e dos avanços científicos e somado às grandes personalidades internacionais que demonstram a vaidade abertamente deles, é muito válido que os homens queiram ver-se e sentir formosos. E na realidade, acho que são mulheres a quem mais trabalho custa aceitar que existam homens que se procuram mais que nós, que cuidem mais o corpo e saúde deles.

Penso que é maravilhoso que os homens possam compartilhar com nós o prazer de um bom facial, um masagem e também ir de compras, não só por roupa de moda mas também por cremas faciais e demais produtos cosméticos disponíveis no mercado.


As mulheres sabemos o efeito que tem se sentir bonitas para nossa autoestima, é muito válido que os varões encontrem na cirurgia, tratamentos de beleza e demais tecnologias a possibilidade de se sentir melhor. Se ser metrosexual permite que os homens se sentam mais seguros de se mesmos e que sejam mais felizes, me parece muito bem que a masculinidad não esteja brigada com o bem-estar físico e mental.
Seria interessante que para o próximo aniversário de meu namorado, em vez de lhe comprar uns boletos para uma carreira de carros ou um partido de futebol, lhe presenteasse todo um pacote de cremas antiedade... estou segura que gostaria deles.